Talvez seja esse o diário de meus últimos dias. (rs). E antes que isso pareça uma carta de suicida, aviso que não as escreveria. Não tenho muito o que escrever em uma despedida, também não teria em quem colocar responsabilidades, deixando por isso, essas para quem as quiserem. Como se preciso fosse responsabilizar outro pelo desejo só meu.
Aviso, então, que, caso o meu sicídio ocorra, coisa que não estou avisando aqui, não é por culpa de outro. Eu não gosto, mas cuido das consequencias das coisas, mesmo que essas apenas venham e as apanhe, meio sem jeito, na cara ou com as mãos ocupadas.
Voltei com se nunca tivesse ido porque ninguém viu minha chegada ou partida. E a caminhada contrária é para anotar as lembraças que tive antes que o tempo encarregue-se de fazer de mim lembrança e nada mais. Então, para não ser apagada ou sofrer alguma injustiça no relato, escrevo aqui o que construir com esse nome tão passadiço: memória.
São as memórias que eu quero. As que eu tenho ajustadas. E não se engane, como toda e qualquer dessas que você tem e acredita como registro revestido de verdade, a lembrança é só isso: registro. modificado, ampliado, apagado, recortado, recosturado. Tal como as minhas, são mentira também.
Foi quando lembrei-me desse "uma linha por dia", foi justamente quando a falta de linhas já estava sufocando. Enforcando me um pouco mais todos os dias, tomada pela preguiça de alma e medo. Quem está aí? todos os dias os fantasmas perguntam.
Por isso, voltei com isso de falar para o nada,mas registrar as respostas de mim. volto e escrevo, portanto, sobre qualquer coisa que desejar. Especialmente sobre o que quero ver: escrevo. E perdoem-me se eu não voltar.
Sou mesmo assim: carreira e queda. Inconstância e distração. Contradição e nada.
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