31 julho, 2018

Há 10 anos eu começava a imaginar que se escrevesse o que pensava eu encontraria pessoas semelhantes ao meu pensamento ou pleo menos que se identificassem o  escrito. Isso não aconteceu, ou pelo menos não continuou acontecendo já que venho nessas péginas com tão pouca frequencia que eu mesma esqueço que elas existem.

Eu sempre pensei que o anonimato fosse a melhor maneira de expressar verdades, simplesmente porque essas verdades seriam selecionadas não pelo interlocutor, mas pelo seu autor. também não funciona assim.

Eu sempre tentei escrever, ou descrever, a maneira como vejo as coisas e as coisas são como sonhos. Eu vivo em sonhos, com olhos abertos ou quando tento dormir e quando durmo e não lembro do que sonhei, e sempre foi assim que eu quis colocar o meu pensamento, como ele é. Mas eu ando por caminhos distintos o tempo todo, e minha mente não foca numa imagem só, e por isso eu ando tão pouco por aqui.

Todo esse nonsense distribuido é só uma tentativa de chegar até a pessoa que se perdeu por dentro. Eu vou buscar esse ser perdido, linha por linha, dia após dia aqui mesmo por esses caminhos. Não é grande promessa, tampouco um compromisso difícil. Mas é pra mim uma pedreira enorme. Não tenho idéia de quais são os castelos que eu pretendo construir, mas sei que há muita coisa em meu caminho e que preciso tirá-los daí.

Então, uma linha - pelo menos - por dia, uma palavra comigo mesma. Se vou conseguir, ou não, importa menos que as linhas de hoje. Hoje é só o reocnhecimento da necessidade, da ausencia e da saudade. eu fui e esqueci de levar pedaços de mim e não estou inteira agora, ando caindo por vazio. Que corpo sou eu?